Chegada da Família SILOT no Brasil

FAMÍLIA SILOT partiu da Comune de Sacile, província de Pordenone, região de Friuli-Venezia Giulia, norte do Reino da Itália e acompanhada de parte da família de nossa matriarca, os irmãos Olivo e Paolo Nadal com suas famílias e foram para o Porto de Gênova.
Seguiram viagem no navio Kromprinz Friedrich Wilhelm com destino o Porto do Rio de Janeiro, chegando em 10 de dezembro de 1879. 

Vapor Kronprinz Friedrich Wilhelm

O navio vapor Kronprinz Friedrich Wilhelm, de bandeira alemã, foi fabricado no ano de 1871 pela Caird & Company, de Greenock na Escócia, para a empresa Norddeutscher LLoyd, da Alemanha. Navio fabricado para servir de transporte para carga e passageiros, com capacidade para acomodar 555 passageiros (105 na 1ª classe, 50 na 2ª classe e 400 ma 3ª classe); 2.387 toneladas; 97,05 x 11,89 metros (comprimento x largura); 1 chaminé; 2 mastros; construção em ferro, propulsão por hélice (1200 cv); velocidade de serviço 10 nós (18,52 Km/h); Bremen na Alemanha foi o porto inaugural.

Em 7 de abril de 1871 fez a sua viagem inaugural, de Bremen para Southampton-Colon (Panama); Em 14 de maio fez a primeira viagem entre Bremen e Southampton/Nova York; Recebeu um novo motor e novas caldeiras; A velocidade aumentou para 12 nós (22,22 Km/h); Em 1876 fez a primeira viagem entre Bremen e América do Sul; 10 de agosto de 1884 fez a última viagem entre Bremen e Nova York (totalizando 9 viagens de ida e volta); 1887 recebeu motores mais potentes; 23 de março de 1893 fez a primeira viagem entre Gênova/Nápoles e Nova York; 8 de maio de 1895 fez a última viagem entre Nápoles e Nova York (total de 16 viagens de ida e volta); 7 de julho de 1895 retomou o itinerário de Bremen para a América do Sul; 10 de abril de 1897 fez a última viagem entre Bremen e América do Sul; Em 1897 foi vendido a empresa Gebruder Mosbacher, de Frankfurt; Revendido a La Spezia, e desmontado na Itália.


Relação de passageiros do Navio Kromprinz disponível no Arquivo Nacional



Após o desembarque, foram designados para Ex-Colônia Castelo no Estado do Espírito Santo, e assim, partiram em outro navio que fazia o transporte entre portos brasileiros, o navio Presidente. Chegaram definitivamente na "América" em 25 de dezembro de 1879 pelo Porto de Itapemirim, no sul do Estado do Espírito Santo e seguiram para localidade de Rodeio/Princesa no município de Piúma, hoje Iconha. Ao chegar em seu destino receberam terras subsidiadas pelo Estado para iniciar

A FAMÍLIA SILOT recebeu o lote de nº 137 na Ex-Côlonia Castello com 242.000 m² no valor de 150.000 réis, sobre este valor incidiu um imposto de 20% (Reg. de 19 de janeiro de 1867) somando 30.000 e  ainda, receberam um valor de 86.635 réis como Adiantamento para compra de ferramentas e mantimentos para iniciar a lavoura. Assim, começaram a vida no Brasil com uma divida de 264.635 réis.

A família era composta por dois núcleos, Giacomo e Giovanni. O filho mais velho Giacomo Silot de nossa matriarca Antonia Rubert,  ficou como chefe do núcleo familiar.

Giacomo Silot - 35 anos - Chefe
    Augusta Nadal - 29 anos - esposa
Sebastiano Domenico Silot - 5 anos - filho
Eugenio Silot - 1 ano - filho

Giovanni Silot - 30 anos - irmão
    Pierina (Fiorinda) Zoldan - 23 anos - cunhada
    (sem filhos)

Antonia Rubert - 60 anos - mãe


Luigia Lorella Silot - 33 anos - irmã

Ângela Silot - 18 anos - irmã (aqui temos uma dúvida: no Livro de Registro de Assentamento de Colono, o nome da Ângela aparece logo abaixo ao da Luigia com um recuo, talvez possa indicar ser sua filha e, portanto, sobrinha de Giacomo. No site do APES está grafado como Ângelo.

Estabelecida em novas terras, a família começou a crescer com o nascimentos de filhos brasileiros.

Giacomo Silot Augusta Nadal tiveram mais dois filhos, além dos italianos, Sebastiano Domenico e Eugenio:
  1. Francesco, com quatro anos e 
  2. Eliza com dois anos e meio.  
Giovanni (João) Silot e Pierina (Fiorinda) Zoldan tiveram seis filhos brasileiros:
  1. Angela, com seis anos;
  2. Antonia, com cinco anos;
  3. Regina, com quatro anos;
  4. Francesco, com três anos;
  5. Antônio, com dois anos;
  6. Maria, com um ano.
As idades referem-se ao ano de 1887, ano do Recenseamento de Colonos e disponível no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo.






Autor: Régis Vicentini Silotti

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